O Conselho Estadual das Cidades de Mato Grosso do Sul (CEC-MS) realizou, nesta quinta-feira (16), no auditório do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), sua 151ª Reunião Ordinária, reunindo representantes do poder público, universidades, entidades de classe e movimentos sociais para discutir temas estratégicos ligados ao desenvolvimento urbano e à habitação no Estado.
A reunião foi conduzida pela diretora-presidente da Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul (Agehab), Maria do Carmo Avesani Lopez, que destacou avanços nas ações da Agência, incluindo a parceria firmada com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) para promover atendimentos de regularização fundiária em bairros de Campo Grande. O projeto, que terá início em 1º de setembro, envolverá alunos do curso de extensão e abordará temas relacionados à preservação ambiental e sustentabilidade urbana.
Durante a pauta principal, o economista Fábio Nogueira da Silva, diretor de Geoprocessamento e Tecnologia da Informação da Planurb, apresentou um estudo sobre o custo de oportunidade dos multirresidenciais da região central de Campo Grande. A exposição trouxe uma reflexão sobre o adensamento urbano sustentável, os desafios da expansão horizontal das cidades e os impactos econômicos e sociais da densificação planejada.
Segundo o especialista, Campo Grande possui atualmente uma densidade demográfica urbana de 24,65 habitantes por hectare, número considerado baixo em relação ao ideal urbano sustentável. Ele destacou que a verticalização pode ser um caminho eficiente para otimizar o uso da infraestrutura existente, reduzir custos públicos e ampliar a oferta de moradias, contribuindo ainda para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
O debate contou com contribuições de professores, representantes de sindicatos e movimentos sociais, que reforçaram a importância de se repensar os modelos de moradia, especialmente diante do envelhecimento populacional e das novas demandas urbanas. A conselheira Edymar Cintra, da Sociedade de Apoio à Luta pela Moradia (SAM/MNLM), destacou o projeto municipal de residência para idosos, apontando a iniciativa como exemplo de política habitacional inclusiva e adaptada à nova realidade demográfica.
Encerrando o encontro, a coordenadora do CEC-MS, Tânia Marques, agradeceu a participação de todos e destacou a relevância do debate para o planejamento urbano sustentável de Mato Grosso do Sul.
O Conselho Estadual das Cidades, composto por representantes do governo, sociedade civil e entidades técnicas, segue atuando como um espaço democrático de planejamento, deliberação e controle social das políticas urbanas e habitacionais no Estado.
Edyelk Santos, Comunicação da Agehab MS
