Uma nova Aldeia Água Bonita; desenvolvimento marca uma série de ações e investimentos

Categoria: Geral | Publicado: segunda-feira, janeiro 3, 2022 as 15:54 | Voltar

Ao longo de três anos, indígenas da Aldeia Água Bonita garantiram mais cidadania, desenvolvimento local e qualidade de vida. Isso se deu graças as ações sociais feitas na comunidade, como o manejo da horta, e a construção de novas 79 moradias bem como a reforma da Oca, reinaugurada no último dia 18 de dezembro.

Tudo o que já foi executado na aldeia teve origem em 2016 com as primeiras reuniões realizadas entre a equipe do social da Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul) e as lideranças do local. Logo em seguida, uma capacitação para a construção civil atingiu dezenas de famílias.

Aproximadamente 50 moradores da aldeia ergueram as residências por meio do Programa de Inclusão Profissional (Proinc), do município de Campo Grande. Em paralelo, o Governo do Estado ainda firmou um convênio com a Prefeitura no valor total de R$ 771 mil que disponibilizou equipamentos de segurança e profissionais que ministraram os cursos profissionalizantes.

 

(antes da obra)

(depois da obra)

Foram pouco mais de R$ 3,3 milhões investidos, contando com o valor gasto da nova Oca, de R$ 153.509,62. A comunidade se sente agradecida. “Falo pela nossa aldeia, ‘nós estamos muito felizes’! Primeiramente nós recebemos as casas e depois a oca foi reinaugurada. Então nós temos que agradecer a Deus e pedir para Ele continuar olhando por nós porque muitas coisas ainda precisam ser feitas”, disse a dona Zenilda Pereira Gonçalves.

“O nosso agradecimento pela construção das casas. E também pela revitalização da nossa oca que é de grande valia para nós, pois o espaço será um ponto de cultura, de venda de artesanatos e de comidas típicas, além da questão da dança indígena em si, da etnia Terena, e é claro, não se esquecendo, da etnia Guarani, que divide espaço conosco”, destacou o professor Genivaldo Flores da Silva.

As práticas sociais exercidas na comunidade foram a oficina de brinquedos com materiais reciclados, os cursos de confecção de tapetes com barbantes, de produção de chinelos bordados com miçangas, de confecção de salgados, de bombons caseiros e de pães caseiros, além das palestras sobre “Segurança Pública e Comunitária, “Correta Apropriação do imóvel” e “Prevenção à Violência Doméstica”. Ainda na lista de atividades, a ação complementar: oficina de confecção de arranjos de flores.

Para a subsecretária de políticas para mulheres do Estado, Luciana Azambuja Roca, as ações não para por aí. “Queremos trazer mais cursos de manipulação de alimento e de como vender seu produto para vocês e oficinas de qualificação profissional. Nós estamos à disposição”, declarou em parte do seu discurso na reinauguração da Oca.

Quem também falou na ocasião foi o secretário-adjunto da Secretaria de Cidadania, Eduardo Romero. “Um espaço como esse é o espaço da troca, da confraternização, da manifestação dos saberes e da realização de eventos. Quero desejar meus parabéns a todos que estão sendo beneficiados com todo esse desenvolvimento”, pontuou ele.

Os indígenas das etnias Guató, Kadiwéu e Kinikinau, que também compõem a aldeia, preservam junto aos demais os costumes e tradições em consonância com a infraestrutura local, que até 2022 ganhará outras 43 novas residências. A estrutura de todos os imóveis atende as necessidades básicas de uma família. Maria do Carmo Avesani Lopez, diretora-presidente da Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul), fala sobre esse desenvolvimento aliado à cultura.

“Que vocês possam usar da melhor maneira para consolidar a sustentabilidade dessa comunidade. Vejamos o quanto a cidade já cresceu ao redor, e nós estamos conseguindo preservar o espaço com as características indígenas”, declara Maria do Carmo, incentivando a preservação da cultura local.

(Oca pronta)

Como parte das realizações, a reforma da oca deu aos povos um salão principal com banheiros (feminino e masculino), duas copas e um escritório. Uma característica do local são as pinturas na área externa, exclusividade cultural dos autores.

O cacique Auder Romeiro dá a palavra final sobre tudo que está acontecendo. “Agradecer a Deus é a primeira coisa que deve ser feita, e depois, a todos os envolvidos na concretização dos trabalhos. A conclusão da Oca veio numa boa hora e num bom momento porque nós indígenas queremos resgatar essa riqueza nossa, além de todas as tradições. Agora o papel no começo é de ponte, depois o de complemento, de fonte de renda para a família”.

Davi Nunes Souza, da Agehab, com informações dos arquivos do Governo do Estado

A seguir, matéria exclusiva na língua terena:

Inamati ipuxovokuti Uhé´ékoti Ûne; ukopónoti itukeovokuti.

 

Ya kúveo mopoâti xonea, enepora kopénotihikó íhae Uhé´ékoti Ûne êno ukóponea ya unakoke unatihikó koekutí, yara maka koitukeyeahiko itukeovo horta, yoko maka 79 koeti ovokuti, yoko kainamakopeovo Oca kaxénake18 na ndezemburu.

Ya 2016, enômone turixeovo ra ituketihikó, yara vipuxovóku êno hú´ íxovohikó motovâti ituhikea´ra koekutí noxône ûti xapákuke´ ra pahukotihikó ituke (Agehab) itukotíhiko ovokuti kixoneti habitação popular de Mato Grosso do Sul. Ihíkaxoamaka koítukeyahikó ne família na motovâti itukea ne ovókutíhiko.

Enekóya 50 koeti ko´ovokutí turixoâti itukeovohikó óvoku ukêati Programa koá´háti (Proinc), ituke ya hanaiti pitivokó, koanemaka ítuke Governo ya Estado kurívuxoamaka ya huxoíoxea prefeitura tiukêti ovâti ya R$ 771 koé míli motovâti kouseakea poréxopeahikó ihíkaxotíhiko.

Uhá koeti esaí´ra ovokutihikó R$ 3,3 milhões kôe ovâti motovâti kaínomokopeovo´ra Oca R$ 153,509,62 “ êno elokéya vokovó uhá koeti ovâti´ra kalíya inúxotike xoko ovokutihikó, kó´óyene Oca kainomakapeivo. Víko´onohikó yoko húxo´óviti komoma´ra yana vipuxovoku, koanémakamo tumunéke koekutimo, keno´ókótimo xapakuke ûti koé ra Zenilda Pereira Gonçalves.

Vikoro´oxovo iná inuxotike xoko ovókutihikó koanemaka xoko kainamakopeovó ra Oca. Vo´óku ínamo vihaneoxo motovâti kavanékono ítukeovo kopenotihíko iháxoneti artesanato, koanemaka nikahikó, kopenotihikó, motovâti maka itukeovó oveámaka itukea kixoku kopenotí ya hiyokeonovó koyé kixoku Terenôe, kuteatimaka kopenotihikó |Guaraní, vo´óku haneyé xapakuke ûti, koene yuhó ra ihíkaxoti Genivaldo Flores da Silva.

Hará itukeovohikó ituketi yara houxovokuti Oficina ítuke mohîtihiko, ihá xonetímaka tapetes yoko barbantes xaneti koaháti miçangas ihíkaxonehikómaka itúkea salgados, bombons yokó pâum, yokó palestra ituké “ Segurança Pública e Comunitária”, Correta Apropriação do Imóvel”, e “ Prevenção Contra à Violência Doméstica”. Apêmaka itukehikó ihiaxea itukea ituneovotihikó.

Xokoyoke ra Subsecretaria itúke Políticas itúke sênohiko ituke Estado, Luciana Azambuja Roca, yara koé yuhó “ Vomâtimo poinuhikó cursos ihíkaxoatimo kixoku kaváneya´hihó itukeneo kopenotihikó”, poehane yoposíkeovimo koane ra yuhó.

Poímaka koyuhoati Secretaria adjunto ituké Secretário de Cidadania, Eduardo Romero, “ Enepora ovokuti itukemo motovâti exókea kixoku itukeovo´ra kopenótihikó ngaha´á ngó elokeneopenoe uhá kotímea xapakuke ya ikoitukexoatimo´koene”.

Enepora kopénoti |Guato, kadiwéu yoko kinikinau, ainovohikó kopenotí xoko vipuxovuku kainokohikó vitukéovo, epo,óxo vitukeovó vovóku, keno´okotí xoenôe 2022 itukopotimakamó poinuhikó 43 koeti inamatí ovokutí, huvo´oxovovi unatiyea voveá. Enepora Maria do Carmo Avesani Lopez, presidente na (AGehab), koyuhoá´ra akoya kurika ûti´ra vitukeovó.

‘Akoya ainavixá vovokú motovâti kouhe´ékea ûti´ra vipuxovóku. Vokomoma koeku hanaitine´ra pitivokó kane, xeó ûti havaneyé xapakuke, akotí ipakapú´ra vitukeovó kixo´óvi’ Maria do Carmo, enômone yuhó.

Enepohíkora itukevokéti, epo´óxo inamati Oca, porexó vianaxepa, pohutí ipuxovokuti yoko banheiro, (ituke sêno yoko hoyéno). Apé oye´ekókuti yoko yutuxoaku ûti.

Eneora homoenomoe kouhe´ékopa homoepo viyenó´xapa. Enepora cacique Auder Romeiro, hinokoku koyuhoati´ra ituketí, “Ainapo yakoé kixo ituko´óviti enômone inuxokuti noxoane ûti´ra uhe´ékoti uketi Oca. Ûnati seopópe, koati konokea ûti kopenotí vovokú, vihikaxea kalovôno hiyokexea kipâe, siputrena.

Epo´óxo, kavaneko ûti, koekuti kali vipuné, epo´óxo poinuhikó koekuti”.

Tradutores: Professores Genivaldo Flores da Silva e Jorge Pereira, e Evanisa Terena

Publicado por: Gislene Freire de Almeida

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